Aqui em casa tem Dia dos Pais oficialmente duas vezes ao ano. Isso porque a data nos Estados Unidos é celebrada no terceiro domingo de junho, o que nos leva a comemorar hoje e em agosto, como no Brasil.
É bem verdade que essas datas ganham um ar comercial e que muitas famílias não se encaixam na estrutura familiar tradicional. Logo, quem tem duas mães ou nunca conheceu o pai, por exemplo, não vê o que comemorar.
Mas olhe para o lado. A mãe ou a tia também pode ser reverenciada com uma figura paternal. E a gente aproveita e celebra o amor que tem que ser vivido todos os dias da forma mais bonita.
Nos EUA, o Dia dos Pais passou a fazer parte do calendário nacional em 1910 graças à Sonora Louise Smart Dodd que queria homenagear o seu pai que criou seis filhos sozinho depois da morte da mulher.
E é o significado do início do século XX que temos que resgatar. Tem que haver mais sentimento do que presente ainda que o presente também mostre sentimento.
Mas há coisas que não têm preço. Os cartões feitos à mão para encher aquela caixa que já está transbordando de desenhos, o abraço apertado e o café da manhã caprichado, com direito a bolo de banana, o preferido do papai.
Nos Dias dos Pais, no plural mesmo, eu passo o dia, e até a véspera, sendo a ajudante da Gigi. Ela quer fazer o pai se sentir especial e até me pede desculpas porque não teve tantas ideias no Dia das Mães. Tudo bem Gigi, eu gostou de ver o amor que tem pelo seu pai.
Dessa vez, a gente ficou em casa. Tem jogo do Brasil na Copa do Mundo e papai adora futebol. Coitado, já está sofrendo muito com o time do coração, o Fluminense não anda nada bem. Até o Abelão desisitu do timeco.
E se a seleção também não dá tanta alegria, Gigi traz mais que inspiração. Ela curte o gol do Brasil enquanto faz comentários durante toda a partida, como essa moça entende de futebol. Vai Brasil! Afinal o coração nem fica dividido já que dessa vez os EUA nem na Copa estão.
Mas se o Brasil não ganhar, ela só não quer ver o pai triste. Porque ela torce mesmo é para ele ser feliz.
E abusa da tecnologia para deixar o mundo saber que o pai é o melhor do mundo. Até o meu Facebook eu tenho que emprestar para ela homenageá-lo.
É bonito de ver esse amor. Me lembro do meu pai que mesmo sendo imperfeito era ideal para mim.
E o Beto é assim, o Papai da Gigi. Ela quer ser parecida com ele e não se cansa de repetir que tem o DNA do pai a cada ideia brilhante que surge.
Sem dizer que ela já nasceu conversando com o Beto. Não sei o que tanto ela falou para ele, mas olhava no fundo dos seus olhos e dizia em uma 'língua' que talvez só os corações dos dois entendessem.
Depois de nove anos, porém, a menininha está crescendo e jura que não vai sair de casa para sempre cuidar do pai. Não quer ir para uma universidade longe, muito menos se casar. Gigi quer cuidar do pai.
Mas isso a gente vai ter que esperar para ver. Por enquanto vamos preparando o próximo Dia dos Pais, a versão brasileira, que acontece em dois meses, sem esquecer de cultivar o amor todo os dias. Happy Father's Day!