Tuesday, September 11, 2018

A gente precisa falar do September Eleven

Hoje o clima está pesado. A TV não para de passar as imagens dos atentados de 11 de setembro de 2001, quando dois aviões atingiram as Torres Gêmeas, em Nova York, e por pouco outro não acertou o Pentágono, em Washington. Foram 3 mil mortos e um marco na história dos Estados Unidos.

O tema é daqueles que você não quer que o seu filho veja. Dá vontade de tapar os olhos da Gigi para ela não saber que existe tanta maldade, mas eu sei que o assunto vai ser tratado na escola e eu não quero que ela seja pega de supetão. Então (re) contei o que aconteceu há 17 anos.

E não deu outra. Na volta para casa, Gigi me contou que assistiu um documentário sobre o ataque terrorista e questionou se eu sabia que os homens maus eram mulçumanos.

“Eu sei, Gigi”, respondi. E ao olhar a carinha dela pelo retrovisor percebi que prescisava dar uma resposta mais longa.

“Mas você sabe que a grande maioria dos mulçumanos são pessoas muito boas. É uma religião que prega o amor. Gente má e boa existe em todo lugar, inclusive na igreja que a gente frequenta, em qualquer religião”.

Embora ela tenha balançado a cabeça concordando, a questão do mulçumano ainda a incomodava. “Eles usam aquele pano na cabeça, tem barba grande”, observou.

“Mas nem todo mundo que usa pano na cabeça e tem barba grande é mau. Essas pessoas também sofreram na época porque todo mundo tinha medo delas. Você tem coleguinhas mulçumanos e você gosta muito deles, não é?”, acrescentei.

Ela continuou pensando.

Eu sei que esse e tantos episódios da história dos EUA são polêmicos e o currículo da escola segue a linha do patriotismo. Eu prefiro sempre conversar com a Gigi, discutir de uma maneira leve e preservar uma mente aberta.

Porque temo o terrorismo, mas também tenho pavor de preconceito e discriminação.

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