Wednesday, February 5, 2014

Entre sustos, os passeios noturnos da Gigi são inofencivos

Numa noite dessas levei um susto com o grito do Beto. Na verdade, foi ele quem se assustou com a Gigi em pé ao seu lado na cama.
Gigi estava, literalmente, dormido em pé. Eu a levei de volta para a cama, onde continuou embalada no sono. 
Em outro episódio, estávamos na sala e Gigi apareceu. Mais uma vez a levei para cama. Na manhã seguinte, ela não se lembrava de nada como nas outras vezes.
Mas na noite em que o Beto saiu do banheiro e se deparou com a Gigi, que já estava dormindo há horas, em pé no corredor, comecei a me preocupar.
Na última consulta com o pediatra eu já havia reclamado da relutância dela em dormir, do sono agitado e da mania de se mudar para a minha cama no meio da noite.  Mas o médico me tranquilizou e disse que Gigi está se desenvolvendo muito bem e que as horas de sono, ainda que abaixo do aconselhável, seriam suficientes para ela. No mais, era uma questão de disciplina.
Agora, os episódios de Gigi andar pela casa estão mais frequentes e eu comecei a ler sobre sonambulismo infantil. 
O sonambulismo, descrevem os especialistas, é um tipo de parassonia (manifestação noturna durante o sono) em que as funções motoras despertam, mas a consciência não e, assim, a pessoa interage parcialmente com o ambiente, podendo se mexer excessivamente, falar ou até “perambular” pela casa,  mas ela  não se lembra de nada na manhã seguinte assim como acontece com a Gigi. 
E isso é muito comum e mais constante entre as idades de 4 a 10 anos devido à imaturidade do sistema nervoso central, que ainda se encontra em intenso desenvolvimento. 
Pesquisas indicam que entre 15 a 30% das crianças já apresentaram pelo menos um episódio de sonambulismo. Os mesmos estudos revelam que com a chegada da adolescência, isso tende a diminuir sensivelmente.
Nesse caso, Gigi está apenas no início dos passeios noturnos uma vez que a minha pequena ainda não completou 5 anos.
Além disso, segundo o neurologista Álvaro Pentagna, cerca de 80% das crianças sonâmbulas têm histórias similares na família.  “É um distúrbio hereditário, mas costuma ter algo que desencadeia – geralmente barulho, som ou estímulo enquanto dorme”, explica.

E eu consigo me lembrar de algumas experiências da minha infância parecidas com os passeios noturnos da Gigi.  Tal mãe, tal filha.
Pentagna esclarece ainda que o conselho de que pessoa não pode ser acordada não passa de um mito. "Durante o sonambulismo, o despertar é confuso e agitado, mas pode ser feito. O ideal é ir com tranquilidade, falar baixo e conduzir a criança calmamente até um local seguro."
Os episódios de sonambulismo são breves e de frequência variável – podem durar segundos ou chegar a 40 minutos - dificilmente prejudicam a qualidade do sono.  “Procurar um médico é importante quando o distúrbio causar medo ou quando ocorrem situações de perigo. O quadro costuma melhorar naturalmente com o avanço da idade”, observa o neurologista.
Prevenção - Uma rotina de horário para dormir e acordar deve ser imposta para a criança. Evitar brincadeiras muito agitadas antes de dormir também favorece uma noite de sono mais tranquila.
Já o tratamento a base de medicação só é recomendado quando o sonambulismo prejudica o dia-a-dia da criança. Se os episódios ocorrerem de quatro a cinco vezes por noite ou cinco vezes na mesma semana o pequeno pode apresentar sinais claros de sonolência, alternando o humor ao longo do dia.

Wednesday, November 27, 2013

A chupeta virou uma bicicleta

Só hoje me dei conta de que ainda não registrei a tardia separação entre Gigi, aos 4 anos, e sua querida chupeta. Já faz um tempo, em junho mais precisamente.

Na verdade, a primeira tentativa aconteceu aos dois anos quando Gigi encontrava a chupeta apenas na hora de dormir. Mas eu acabei fraquejando e cedi num momento de choro.

Estávamos vivendo um período de muito estresse e resolvi não forçá-la. Me convenci de que Gigi abandonaria o bibi quando estivesse pronta, preparada.

Entretanto, a "hora h" começou a demorar demais. Além dos problemas de dentição e respiração que o uso da chupeta pode causar, os lábios da minha pequena começaram a ficar machucados e o bibi, já havia alertado o pediatra, era a principal causa.

Por coincidência, era início de verão e as crianças começaram a aparecer no pátio do condomínio com as bicicletas. Gigi queria muito uma e, mais uma vez, ofereci uma bicicleta em troca da chupeta.

Gigi, claro, não concordou.

Nesse momento, entendi que era preciso acelerar esse desapego e “perdi a chupeta”. Contei sobre o sumiço e disse que não compraria outra. Minha pequena  chorou inconsolável.

“Daqui para frente não vai ter mais chupeta, de jeito nenhum mas a gente pode comprar uma bicicleta, o que você acha?”

A contra-gosto, ela aceitou. Gigi é esperta, percebeu que a situação era irreversível e levou o prêmio de consolação.

Nos dias seguintes, na hora da birra, Gigi chorava e pedia pelo bibi. Logo, lembrava-se e dizia em voz alta "tô louca, esqueci que não tem mais bibi".

Nos momentos mais críticos, ela se perguntava: "E agora, como vou me acalmar?".

Com o tempo você se acalmou, Gigi. E agora pouco fala da chupeta.

E eu também me acalmei. Aprendi a contornar a situação sem recorrer ao bibi.


Wednesday, June 19, 2013

O que faz toda essa gente?

Como explicar para a Gigi o que a mamãe está acompanhando pela internet e pela televisão?  Por que ela tem que  ficar quietinha enquanto a mamãe observa  tanta gente nas ruas do Brasil?

Como ela ainda é muito novinha, apenas quatro anos, nenhuma explicação faria sentido.  Para evitar mais perguntas, desliguei tudo e fui brincar com a minha pequena.

Mas resolvi  deixar esse momento registrado. Acho que ela vai gostar de ler quando crescer mais um pouquinho.

Gigi,

O Brasil é lindo e tem muita coisa boa.  Você já foi lá e gostou muito.

Mas o Brasil também tem muitos problemas e é por isso, filha, que tem tanta gente na rua. Essas pessoas estão pedindo por um país melhor. Um país que também é seu e eu faço questão que você o conheça bem. Aos poucos, eu te ajudo.

Você mora nos Estados Unidos e por aqui as coisas são um pouco diferente.

Os Estados Unidos carregam a pinta de potência que dita as regras do mundo, inclusive oprimiu o Brasil por muitos anos. E nem por isso o país está livre dos problemas nem dos protestos.

A verdade, filha, é que eu desejo que até chegar a hora de você encarar o mundo já não exista mais tantas coisas ruins por aí. Mas se um dia você se deparar com uma injustiça não se cale.  Junte os amigos e quem você conseguir convencer para gritar e virar o jogo. Isso sempre é possível.

Papai já lutou contra da ditatura no Brasil e venceu. Aliás, foi aquele movimento que proporcionou tanta liberdade de expressão que hoje invade as ruas.

Mamãe não teve tanta ‘sorte’. A minha geração se acostumou com a democracia e se acomodou. Eu só fui encontrar a minha turma quando entrei para a faculdade de jornalismo. Dizem que quem se interessa por essa profissão tem alguma coisa de revolucionário.

Nessa época, o seu pai já era jornalista, sabia? Coisas do destino.

Não sei se você vai ser jornalista, embora tenha nascido no Dia do Jornalista (mais uma coincidência!), mas espero que você carregue os princípios transformadores do bem que tentamos te ensinar.

Um beijo e até lá (o passado do futuro),

Mamãe

Sunday, May 26, 2013

Gigi vai para a cama sem fralda

Como registrei nesse blog, Gigi deixou as fraldas logo depois de completar dois anos. Mas a proteção noturna continuou. Aos quatro anos, finalmente, Gigi está totalmente livre das fraldas.

Para muitos, pode parecer que isso aconteceu tarde, mas é importante lembrar que cada criança tem o seu tempo e essa diferença deve ser respeitada. Para entender qual é a hora certa, entretanto, os pais devem se ater aos sinais. “Quando as crianças já têm o controle diurno e já estão conseguindo ficar com a fralda seca à noite, podemos tentar retir­á-la”, indica a pediatra Rachel Quiles.

O pediatra Albert Bousso, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, concorda com Rachel e acrescenta que o melhor é conduzir esse processo com calma e em etapas. "Isso pode demorar semanas, meses, até um ano, e é preciso respeitar esse tempo de adaptação e amadurecimento da criança", avalia Bousso.

Desde o início, segui todas dicas melhores profissionais da área, mas, embora sejam eficazes na maioria dos casos, não funcionaram com a minha pequena. Desde que Gigi trocou as fraldas pela calcinha durante o dia, conversava com ela sobre não fazer xixi na cama, a levava ao banheiro antes de colocá-la para dormir, controlava a ingestão de líquido durante a noite e fazia uma festa quando, raramente, a fralda amanhecia seca. Nada adiantava!

Então resolvi desafiar as fraldas molhadas, me apoiei nos outros sinais de amadurecimento da Gigi e parti para a batalha. Coloquei até o relógio para despertar para garantir que eu levaria a Gigi ao banheiro durante a madrugada. E isso aconteceu só por dois dias. Mesmo assim, no primeiro dia de luta, ela levantou muito chateada para me avisar que tinha feito xixi na cama.

Do terceiro dia em diante, porém, já não levantei mais durante a noite e Gigi também não molhou  a cama. Ela está pronta!

Eu  eu sei que é normal alguns ‘escapes’ durante os próximos dias e os pediatras observam que nesse momento é preciso acalmar e encorajar a criança a continuar o ‘desfralde’.  Na hora do beijo de boa noite vale à pena lembrá-la, durante os primeiros meses, de que está sem fralda.

No caso da Gigi, a nova fase influenciou o comportamento diurno. Coincidência ou não, quando Gigi usava fralda para dormir, ela tinha vontade de fazer xixi toda hora durante o dia e era muito desagradável ter que visitar os banheiros de todos os lugares por onde íamos. Agora ela aguenta numa boa.

E, claro, que tamanha façanha merece um prêmio. Para a Gigi, deixar a fralda significou se transformar numa linda pirata. Parabéns, filhota.

Wednesday, March 6, 2013

Na casa da Gigi a bagunça está liberada

Eu estava aqui lendo quando levantei os olhos para espiar a Gigi e me deparei com a sala “de pernas para o ar”. Aliás, isso virou rotina aqui em casa. Gigi tira tudo do lugar para transformar o cômodo em casinha, loja, escola, restaurante e até salão de beleza.

Claro que reclamo, mas essa bagunça toda é vital para o desenvolvimento da criança. De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta infantil, Margot Sunderland, autora do livro The Science of Parenting, a brincadeira é a principal forma de desenvolvimento da curiosidade, da motivação e do impulso exploratório das crianças.

Margot observa que as  experiências interessantes ajudam a ativar energicamente o “sistema de busca” que  dá base à capacidade criativa. E para estimular a criatividade nem é preciso gastar dinheiro. Ao contrário, a psicóloga afirma que é muito bom a criança “transformar” um objeto em diversas coisas porque amplia o ‘espírito inventivo’. Aqui em casa, por exemplo, uma hora a cadeira é a geladeira, outra a vitrine. Enquanto que a forma redonda de bolo vira o volante do carro. E por aí vai …

Gigi vira até uma boneca na caixa para a mamãe comprar
Às vezes, pode ser necessário que os pais ajudem a começar a brincadeira. “Mas depois que ensinar como brincar com novos objetos, o sistema de busca será ativado e é preciso deixar que a criança explore sozinha o caminho”, orienta a especialista.

Para Margot, o estímulo do sistema de busca de uma criança em idade pré-escolar sedimenta uma importante habilidade de exploração, dedicação, curiosidade e fé em si mesmo. “E é assim que se criam o amor pelo conhecimento e a vontade de aprender,” garante.

Então, quando Gigi diz  “tive uma boa ideia” o jeito é deixá-la à vontade para extravasar a imaginação. E num país onde é frio a maior parte do ano a bagunça tem que rolar dentro de casa mesmo. Afinal, depois tem o clean up, mas essa já é outra história.

Sunday, February 24, 2013

Uma americana que [quase] só fala português

Gigi é uma tagarela. Embora seja tímida, quando ganha confiança passa a conversar igual gente grande com qualquer pessoa desde que seja em português.  Trivial se não fosse o fato de que moramos nos Estados Unidos.

A filha de brasileiros passou alguns meses no Brasil onde ampliou muito o vocabulário em português, enquanto que o em inglês encolheu demais. Agora, de volta para casa,  a minha americana está sentindo falta de saber falar o próprio idioma. 

Quando estamos nos preparando para sair de casa, por exemplo, Gigi sempre pergunta se onde vamos fala-se “português igual a gente ou de línguas (como ela se refere ao inglês)”. Quando respondo português, ela se mostra muito mais confortável.

Por outro lado, ela tem vontade de falar inglês e “ser igual aos outros”. Num ambiente mais americano, ela cochicha no meu ouvido que “temos que falar de línguas porque aqui todo mundo fala assim”. Gigi começa, então, a emitir um monte de sons que seria o inglês, misturando com as palavras que ela já conhece no idioma.

Os profissionais da área garantem que conviver com mais de um idioma desde cedo é instintivo e benéfico porque aumenta o número de conexões cerebrais na região responsável pela linguagem, ajudando a criatividade e o raciocínio, além da criança expandir a cultura e o intelecto.

“Existem diferentes caminhos para que uma criança seja bilíngue. Investigações mostram que é preferível desenvolver bilinguismo em crianças menores porque é uma forma natural para aprender dois idiomas ao mesmo tempo,”  defende o especialista em educação bilíngue e professor da Universidade de Gales, Colin Baker.

Enquanto isso, Gigi se diverte em ser uma americana-brasileira 
Em casa, sempre seguimos essa linha e só conversamos em português. O desenvolvimento do inglês da Gigi fica por conta dos cartoons e dos amigos que falam o idioma. 

Mas depois da temporada no Brasil,  minha preocupação em saber como lidar com a filha bilíngue aumentou. E o processo de aprendizagem já não me parece tão natural assim.

Antes, Gigi falava um pouco das duas línguas e, às vezes, mesclava os idiomas na mesma frase, mas sabia diferenciar o português do inglês. Num ritmo bem mais lento, ela está retomando a rotina. 

Para especialistas, isso é absolutamente normal e não significa que um idioma é mais fácil do que o outro. “Isso acontece por não terem encontrado a tradução exata para o que querem dizer. Com o tempo isso passa”, explica a fonodióloga Kelly Carvalho.

Vantagens de ser bilíngue
Em 2012, a Universidade York em Toronto, no Canadá, publicou um estudo sobre crianças educadas em ambientes bilíngues. Segundo a pesquisa, apesar da aquisição dos diferentes idiomas ser mais lenta, esses estudantes têm uma compreensão metalinguística melhor e mais profunda sobre a estrutura das línguas, uma ferramenta importante para a alfabetização durante o desenvolvimento infantil.

O estudo também aponta que elas têm melhor desempenho em testes de controle executivo, que medem a habilidade da criança em focar a atenção onde é necessário sem se distrair e deslocar a atenção quando solicitado.

Por outro lado, como o bilinguismo é frequentemente ligado a outros fatores, incluindo diferenças culturais, situação socioeconômica e história de imigração, fica difícil determinar qual aspecto da experiência bilíngue é o responsável pelos resultados.

Ainda segundo experts no assunto, o cérebro humano nasce com uma capacidade de adaptação enorme e pode aprender qualquer idioma desde que lhe seja apresentado. E quanto mais cedo a segunda língua for aprendida, melhor será a pronúncia e a distinção dos sons daquele idioma. “O importante é sempre respeitar as peculiaridades de cada criança”, enfatiza Kelly.

Em relação a alfabetização, por exemplo, deve-se prestar muita atenção no processo de aprendizagem. Se alguma dificuldade grande for observada com algum dos idiomas, o melhor é que a criança seja alfabetizada em um só deles.

Depois de tantas leituras e consultas, resolvemos continuar de onde paramos. Em casa, só português. Mamãe  e papai só dão um empurrãozinho com frases básicas como “What is your name?”, mas o inglês Gigi vai absorver naturalmente.

Em setembro, quando Gigi entrar para a escola aqui nos Estados Unidos, o processo deve ser mais acelerado, garantem os especialistas. Te conto quando chegar lá.

Wednesday, October 10, 2012

Por que?

De uns tempos pra cá, Gigi tem me deixado tonta de tanto repetir “por que?”. Estamos passando pela famosa fase das inúmeras perguntas, mais acentuada entre os 3 e 4 anos, quando a criança passa a se interessar em entender as coisas a sua volta.

Segundo a pedagoga Jussara de Barros, em artigo para a Escola Brasil, “isso ocorre devido à construção da própria identidade, que acontece na infância, quando a criança passa a se descobrir, a ter noção do próprio ‘Eu’, da importância de sua existência, das coisas que consegue fazer, que vê ou que ouve”. 

E é “essa curiosidade, a busca da compreensão do mundo, é que a levará a fazer novas descobertas, aguçando sua percepção para o aprender,” completa Jussara.

Justamente por causa dessa curiosidade, muitas vezes, a criança emenda um por que atrás do outro. Num desses finais de tarde, por exemplo, a chuva nos forçou a deixar o parquinho mais cedo. Foi o suficiente para Gigi disparar um monte de indagações. 

A nossa conversa foi mais ou menos assim:
Mamãe, por que vamos embora?
Porque está chovendo.
Por que está chovendo?
Porque a nuvem está cinza de tão carregada de água.
Por que?
Porque precisa chover para a nuvem voltar a ficar branquinha.
Finalmente, Gigi soltou um ahhhh, expressão que a minha pequena usa quando parece estar satisfeita.

Para alguns, as minhas respostas podem parecer complexas ou fantasiosas demais. 

Entretanto, me preocupo em ser a mais verdadeira possível. Sigo o conselho de uma psicóloga para não subestimar a capacidade de entendimento do pequeno. “Não crie mentiras ou ‘respostas fantásticas" porque a criança acaba percebendo que não corresponde à verdade. Respondendo com uma mentira o seu filho deixará de confiar nas suas afirmações,” observa Carmem Ganopa.

Por outro lado, as explicações devem ser adequadas à idade, num vocabulário simples e de fácil compreensão. A psicóloga lembra ainda que “é preciso dar tempo para criança formular a sua pergunta e nunca entrar em contradição com o parceiro para não confundir a criança”. 

Nessa busca constate por respostas, é comum que falte palavras para os pais, mas especialistas afirmam ser importante que os adultos tenham paciência e ouçam com atenção os seus filhos. “Se a criança é tolhida pelo adulto, no momento em que faz perguntas, poderá perder o interesse, a vontade de descobrir coisas novas, ficando paralisada no seu processo de aprendizagem por medo ou insegurança,” adverte Jussara.

O conselho dos experts para sair da saia justa do interrogatório é devolver a pergunta para que a própria criança tente explicar ou utilizá-las em momentos que esta não queira obedecer. 

“Quando diz que não quer comer a mãe poderá perguntar-lhe o porquê, se não quer tomar banho poderá também utilizar uma pergunta e, assim, mostrar que nem tudo pode acontecer da forma como ela deseja”, orienta a pedagoga.