Sunday, October 16, 2011
Gigi embarca na operação “tira chupeta”
Sunday, September 18, 2011
Primeira vez: Gigi vai ao teatro e se encanta com Laura
Era a primeira vez que Gigi ia ao teatro e estava ansiosa para conhecer Laura, mas entendeu que a galinha ia demorar um pouco para chegar afinal era de manhã.
“Ela está escovando os dentes, penteando o cabelo, passando batom… Ela já vem”, Gigi repetia as minhas palavras para justificar a espera.
Logo, o cenário e os personagens deram vida à galinha que Gigi tanto aguardava.
Laura é casada como o galo Luis, um cantador que morre de amores pela divertida companheira que faz todo mundo rir com as asneiras que fala. Mas como todo mundo, Laura e seus amigos também têm medo. Eles sentem pavor de virar galinha ao molho pardo e consolam uns aos outros porque, pelo menos, quando esse dia chegar vão se tornar uma refeição deliciosa.
O dia-a-dia de Laura é um pretexto para abordar assuntos complexos para as crianças como o racismo, a geração, o nascimento e, principalmente, ressalta que a beleza interior é mais importante do que a exterior.
Pode ser que Gigi nem tenha entendido a moral da estória, mas com certeza a figura de Laura e seus amigos vão me ajudar a explicar muita coisa para ela.
Sem dizer que foi bem divertido. Gigi assistiu a tudo quietinha, conversou baixinho com os personagens e dançou com o musical.
Ela gostou tanto que entre uma palavra e outra, Gigi cacarejou o domingo todo, sempre pedindo por Laura.
Cheguei a pensar em adotar uma galinha de estimação, mas desisti e comprei o livro de Lispector. Agora quando Gigi pede por Laura, lá vamos nós ler as trapalhadas dessa nova amiga.
Enfim, a arte é instrumento divertido para educar e, ao mesmo, tempo incentiva o gosto pela cultura. E quando é em português resgata a brasilidade que fica adormecida quando a gente vive em outro país.
Quem concorda com a Mamãe da Gigi ou quer apenas matar a curiosidade, “A Vida Íntima de Laura” volta a cartaz nos dias 16 e 23 de outubro no Regent Theater em Arlington, Massachusetts.
Para mais informações e para matricular o seu filho nas aulas de teatro para crianças a partir de 6 anos, ligue (617) 229-8403.
Ficha Técnica:
Texto e direção: Edel Holz
Elenco: Leila Regina (Laura)
Valter (Luis)
Zé Pereira (Galo Caipira)
Simoneide (Galinha D'Angola)
Catarina Costa (Zeferina)
Gilceia Paes (Dona Luisa)
Robson Lemos (Xextas)
Produção:Edel Holz e Andreza Moon
Músico convidado: Fernando Holz
Iluminação: Anderson Joubert
Tuesday, August 23, 2011
"Terrible two" desafia limites dos pais
Apesar de crítica, os dois anos é uma fase de desenvolvimento saudável e normal, mas que necessita de muita compreensão e paciência.
As crianças frequentemente dizem "não" ou se recusam a fazer o que você quer que elas façam. Ultimamente, Gigi tem dito que nem o sorvete está gostoso. A resposta é sempre não. O objetivo dessa etapa, alertam os experts, é testar as regras impostas pelos pais.
Para não tolher a luta incessante pela independência, os pais devem ser mais flexíveis, negociando com a criança o que pode ser alterado. Por outro lado, as regras e limites básicos devem ser mantidos e respeitados sempre, com consistência e de comum acordo entre os responsáveis.
Quer dizer, se a mamãe diz não, o papai tem que concordar. Quando dou uma bronca na Gigi, por exemplo, ela sempre pede pelo papai. E se o papai está por perto, ela corre para contar que a mamãe brigou e pede que ele me repreenda.
Outra dica dos especialistas é que se uma regra for violada, após uma explicação clara e breve, castigue a criança imediatamente, colocando-a de castigo por 2 minutos. É muito importante que a punição venha imediatamente após o erro.
Aqui nos Estados Unidos as crianças têm o time out. Gigi às vezes até vai sem reclamar para a cadeira do castigo, mas logo cai no choro pedindo “desculpa, mamãe”. Nessa hora tenho que me segurar para mantê-la no castigo e tentar evitar que o incidente se repita.
Mas até esses episódios são engraçados com a Gigi. Outro dia, dei uma bronca na mãozinha dela que insiste em percorrer os meus seios toda hora e falei que iria colocá-la de time out. Gigi se apressou, deu outra bronca na mãozinho e colocou a mão na cadeira de castigo.
Tapinha NÃO! -- Jamais recorra aos tapinhas. A agressão provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não porque ela compreendeu as razões da punição.
“Às vezes, a criança escreve na parede e não sabe que está cometendo um erro. A questão é a forma de puní-la por isso. Ela pode ficar com raiva e sentir-se injustiçada, sendo que dificilmente absorverá algo que o adulto tentou ensinar. Os pais devem ensiná-la o porquê de não escrever na parede da sala e caso a atitude se repita, deixá-la sem os lápis por um tempo”, argumenta a pedagoga Patrícia Victo. “Não espere que uma criança não mexa nas coisas apenas porque disse que não deveria”, completa.
Nessa linha, mantenha sempre a calma, não grite, as crianças se acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão. Fale sempre com objetivo e rigidez, olhando para a criança e fazendo com que entenda que você está chateada com a tal atitude e não propriamente com ela.
Portanto, lá vai outra diga da pedagoga: nunca diga “Como você é feio” e sim “Que coisa feia você fez”.