Sunday, October 16, 2011

Gigi embarca na operação “tira chupeta”

Depois de abandonar as fraldas, Gigi enfrenta outro desafio: deixar o “bibi”. A chupeta a afaga desde a maternidade e nos socorreu várias vezes. O borrachudo ficou tão amigo da Gigi que está difícil de separá-los e, por isso, estamos seguindo a orientação dos especialistas ao reduzir gradativamente a presença do bibi lá em casa.

A psicóloga Rosely Sayão observa que esse momento representa uma grande perda e é melhor que o processo aconteça aos poucos e sem pressa. “Alguns pais que fazem essa troca de um dia para outro, falam que se a criança deixar a chupeta ganha isso ou aquilo. Não é errado. Mas, do modo de ver a criança, prefiro a troca devagar. Assim ela vai se 'despedindo' daquilo que ela vai perder.”

Outra dica importante é aproveitar os momentos que a criança passa fora de casa para acostumá-la sem a chupeta. Durante o dia na creche, por exemplo, a Gigi nem lembra do bibi, mas era a primeira coisa que me pedia ao me ver. Há três semanas, a cena mudou. 

Nos primeiros dias ela caía no choro e a calma e a paciência da mamãe entravam em ação para explicar que o bibi agora é só para a hora de dormir e, claro, a distraía com alguma coisa que ela gosta. O pão de queijo, por exemplo, foi um grande aliado.

É uma tarefa difícil, mas vale a pena. Artigos sobre o uso da chupeta alertam para que os malefícios vão desde alterações na arcada dentária, na mastigação, respiração, articulações, fala, musculatura e até deformações nos ossos da face. 

Em geral, os efeitos prejudiciais dependem da duração, frequência e intensidade do hábito. Muitos especialistas concordam que os quatro anos é a idade limite para que não haja comprometimento.

Gigi já completou 2,6 anos e quero aproveitar essa idade que busca a independência para ajudá-la a deixar a chupeta. Sem grandes sofrimentos, o bibi vai para a cama com a Gigi porque ela pede. Isso porque outra dica dos experts é que mesmo que essa seja a hora combinada para permitir a companhia do velho amigo, ele nunca deve ser oferecido ou lembrado.

Já a tática de usar o exemplo de que uma criança mais velha não usa chupeta não funciona com a Gigi. Eu já falei várias vezes, mas ela não quer saber, só quer o bibi. 

Também falei para a babá para não inventar estória de que a chupeta está cheia de formigas que vão picar a boca da Gigi. Sou totalmente contra ideias terroristas e, pelo menos com a Gigi, não adianta nada. Gigi chora, fica brava com as formigas e coloca um bibi novo na boca.

Além de respeitar a personalidade de cada criança para ajudá-la a largar a chupeta, é importante entender o porquê ela usa. 

Se ela pega a chupeta quando está entediada, ofereça alguma atividade mais interessante para entretê-la. Já se a criança tende a colocar a chupeta na boca quando está preocupada ou se sentindo insegura, ajude-a a explicar o que sente. Faça perguntas para descobrir o que está acontecendo e a conforte de outro jeito -- com muitos beijos por exemplo.

Eu sei que ainda vai demorar para o bibi sair da rotina da Gigi, mas estamos no caminho. Ela ainda pede pelo bibi durante o dia e eu consigo desconversar e chamar a atenção dela para outra coisa. E ela completa, às gargalhadas, a minha frase de que o bibi é só para dormir. 

Afinal, chupeta é para bebê e a Gigi já é uma mamãe bem carinhosa com as suas bonecas.


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