Tuesday, August 23, 2011

"Terrible two" desafia limites dos pais

Gigi está cada vez mais independente e mostra uma personalidade forte. Ela sabe o que quer e usa e abusa das birras para tentar conseguir algo. Estamos enfrentando o período do "terrible two" quando quem tenta mandar lá em casa é a caçula.

Apesar de crítica, os dois anos é uma fase de desenvolvimento saudável e normal, mas que necessita de muita compreensão e paciência. 

As crianças frequentemente dizem "não" ou se recusam a fazer o que você quer que elas façam. Ultimamente, Gigi tem dito que nem o sorvete está gostoso. A resposta é sempre não. O objetivo dessa etapa, alertam os experts, é testar as regras impostas pelos pais.

Para não tolher a luta incessante pela independência, os pais devem ser mais flexíveis, negociando com a criança o que pode ser alterado. Por outro lado, as regras e limites básicos devem ser mantidos e respeitados sempre, com consistência e de comum acordo entre os responsáveis.

Quer dizer, se a mamãe diz não, o papai tem que concordar. Quando dou uma bronca na Gigi, por exemplo, ela sempre pede pelo papai. E se o papai está por perto, ela corre para contar que a mamãe brigou e pede que ele me repreenda.

Outra dica dos especialistas é que se uma regra for violada, após uma explicação clara e breve, castigue a criança imediatamente, colocando-a de castigo por 2 minutos. É muito importante que a punição venha imediatamente após o erro.

 Aqui nos Estados Unidos as crianças têm o time out. Gigi às vezes até vai sem reclamar para a cadeira do castigo, mas logo cai no choro pedindo “desculpa, mamãe”. Nessa hora tenho que me segurar para mantê-la no castigo e tentar evitar que o incidente se repita.

Mas até esses episódios são engraçados com a Gigi. Outro dia, dei uma bronca na mãozinha dela que insiste em percorrer os meus seios toda hora e falei que iria colocá-la de time out. Gigi se apressou, deu outra bronca na mãozinho e colocou a mão na cadeira de castigo.

Tapinha NÃO! -- Jamais recorra aos tapinhas. A agressão provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não porque ela compreendeu as razões da punição.

“Às vezes, a criança escreve na parede e não sabe que está cometendo um erro. A questão é a forma de puní-la por isso. Ela pode ficar com raiva e sentir-se injustiçada, sendo que dificilmente absorverá algo que o adulto tentou ensinar. Os pais devem ensiná-la o porquê de não escrever na parede da sala e caso a atitude se repita, deixá-la sem os lápis por um tempo”, argumenta a pedagoga Patrícia Victo. “Não espere que uma criança não mexa nas coisas apenas porque disse que não deveria”, completa.

Nessa linha, mantenha sempre a calma, não grite, as crianças se acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão. Fale sempre com objetivo e rigidez, olhando para a criança e fazendo com que entenda que você está chateada com a tal atitude e não propriamente com ela. 

Portanto, lá vai outra diga da pedagoga: nunca diga “Como você é feio” e sim “Que coisa feia você fez”.

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