Quando ela descobriu esse blog chorou de vergonha.
Agora, me pediu para voltar a escrevê-lo. Quer ler suas histórias quando for adulta.
Então, cá estou. Mas vou passar a escrever diferente. Serão cartas à você, Gigi.
Vou contar nossa trajetória, o seu crescimento e a minha constante aprendizagem como Mamãe da Gigi. Mas sem a pretensão de ajudar alguém. Vai funcionar como uma espécie de diário e, através das palavras, eternizar o meu amor por você.
Eu já te disse que até cogitei ter outro filho, mas tive medo de não conseguir amá-lo como te amo. Me disseram que era bobagem. Que coração de mãe sempre cabe mais um.
Ah, difícil de acreditar quando você me preenche com tanta intensidade.
Com o tempo, e por diversas vezes, quis carregar mais uma vez um barrigão e reviver a experiência que só senti quando te amamentei. Ver os seus olhinhos revirando com as mãozinhas encostadas no meu seio era muito bom, chego a suspirar de saudade do aconchego.
Teve momentos que você chegou a pedir um bebê, mas logo mudava de ideia. Eu dizia que depois de tomada a decisão não dava para voltar atrás.
Eu também senti medo de agora poder dar mais a um filho do que pude te oferecer. Não achei justo.
O tempo passou e você é a minha filha única, embora tenha irmãos a quem ama profundamente, presentes do seu pai.
Entre nós, somos eu e você.
Eu te entendo, ainda que você ache que não.
Eu te amo, ainda que me pergunte isso várias vezes como se duvidasse.
Eu sei até quando você está mentindo. E não adianta dizer que não. Te conheço.
Você é minha única filha, essa é a nossa história e está apenas no começo.
No comments:
Post a Comment