Gigi tem 10 e eu não consigo nem imaginar viver sem o seu sorriso. Me veio essa imagem porque é assim que a gente quer ver o filho, sempre sorrindo. E é assim que a mãe de Ágatha vai lembrar da menina.
“Mas por que Ágatha morreu?”, perguntou Gigi. Eu não soube responder, apenas enrolei com “a polícia está investigando”.
Que mundo estranho para ser explicado. O investigador é o principal suspeito. É mais um efeito colateral de um ato insano.
Sim! Porque o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é louco (de ruim). Mais maluco que aquele rapaz que sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói e o ex-juiz saiu comemorando o seu abatimento como um gol no Maracanã.
Muito estranho! Trocamos corruptos por criminosos do colarinho branco doidos, sem noção entre o bem e o mal. Fomos do ruim ao pior.
A ordem é atirar “porque bandido bom é bandido morto”. Atirar pelas costas e a queima roupa porque ‘pode’ ser criminoso. Atirar sem se preocupar com quem está a sua volta.
Não interessa se é uma menina de sorriso lindo, um adolescente que sonha em ser jogador de futebol ou um pai de família a caminho de um chá de bebê.
Sobrevoar uma comunidade distribuindo tiros de cima para baixo e transformando escolas em trincheiras virou rotina.
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