Como trabalho fora, não consigo controlar totalmente a alimentação da Gigi. Na lancheira, sempre coloco três variedades de frutas para garantir a recomendação da nutricionista. A minha sorte é que Gigi se apaixonou pelas frutas logo que começou a experimentá-las aos seis meses (foto).
Entretanto, eu sei que não dá para fugir dos biscoitos e outras guloseimas, a solução é balancear. Em casa, dobro a oferta de legumes, verduras e frutas. Para isso, aprendi um macete: uso a água que cozinho a verdura para fazer o arroz ou o macarrão e, dessa forma, garanto os nutrientes mesmo que a Gigi rejeite o vegetal. Mas, em geral, ela gosta e traz muitas referências da gravidez como as cenourinhas cruas que não faltavam na minha bolsa.
Por outro lado, há muitas manias culturais. É curioso como as crianças nacidas aqui, ainda que filhas de pais imigrantes, desenvolvem o gosto pela salsicha, waffle e milkshake. Embora sejam alimentos comuns em vários países, esses itens fazem parte da refeição diária dos Estados Unidos que reconhecem que a população está cada vez mais obesa.
No entanto, ainda não há indícios de mudanças no cardápio nem no tamanho das refeições populares. As escolas também recebem críticas duras por adotar a pizza no lugar do almoço completo.
Essa realidade contamina as famílias imigrantes que têm que estar vigilantes para o crescimento saudável dos filhos. E até existem grupos - como o Viver Bem (Live Well) da Universidade TUFTS em Boston - que querem dar uma mãozinha nessa missão e pesquisar o fenômeno . Os cientistas estudam a mudança dos hábitos alimentares em mulheres imigrantes que chegaram no país há menos de dez anos e os seus filhos.
Eu vou continuar sempre alerta e gosto de cuidar desses detalhes. E que me aguardem os chefs da culinária mundial. Amor de mãe é capaz até de transformar quem não sabe fritar um ovo em um expert dos sabores. Um dia eu chego lá.
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