Já estamos há mais de três meses em isolamento social e uma
das minhas grandes preocupações com a Gigi é o excesso de horas em frente às
telas dos celulares e computadores, seja para conversar com os amigos ou
participar das aulas à distância.
Transformei a minha angústica em pauta para o meu site de
notícias e compartilho com vocês o que aprendi ao entrevistar a oftalmologista
Roberta Ferraco.
Ela reconhece que a “nova normalidade’’ é um desafio, mas observa
que é possível adotar medidas para amenizar os problemas. “Quanto maior a tela,
menor o esforço visual. Então se for possível, prefira o computador ou laptop.
Até o Ipad é melhor que o celular”, sugere a médica em relação às atividades
escolares e jogos.
Gigi está finalizando a Elementary School (Ensino Fundamental)
e nos últimos meses teve dois turnos de 2h30 de aulas virtuais. O contato com
os amigos também é pelas telas do celular e do computador.
Com a limitação das atividades ao ar livre, sobre tempo para
assistir filmes, desenhos e os viciantes vídeos no Youtube. E como controlar o Tik ok?
Tudo isso extrapola o recomendado.
De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), crianças
com menos de dois anos de idade não devem utilizar nenhum tipo de tela. Para
aquelas abaixo de seis, uma hora é o limite aceitável. Enquanto as crianças
acima de seis anos podem chegar a duas horas diárias de exposição à luz azul
dos eletrônicos que, em excesso, causam fadiga e ressecamento ocular.
O esforço acomodativo - ver
coisas pequeninhas muito de perto -, em movimento ou no escuro - também podem contribuir e
acelerar doenças visuais.
Por isso, Roberta ressalta a importância de ter uma boa
iluminação e “a recomendação é evitar o uso dos eletrônicos à noite”. Outra
razão para excluí-los da rotina noturna é que a absorção da luz azul dificulta
a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono.
Por outro lado, Roberta alerta que o músculo ocular leva até
duas horas para estar preparado para trabalhar. “Se a criança acorda às 10 horas, o
recomendável é que ela tenha contato com as telas ao meio dia.”
Mais uma dica importante: se o uso dos eletrônicos por mais
tempo parece inevitável, a criança deve manter uma distância de pelo menos 50
centímetros das telas e dos monitores e ter duas horas de descanso entre as
atividade digitais.
Já as conversas com os amigos no Facetime são menos
prejudiciais. “Não é preciso tanto desgaste, a imagem não tem tantos detalhes
como em um jogo ou vídeo”, explica a especialista.
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