Thursday, May 28, 2020

As férias chegaram e agora?


Primeiro dia de férias! Se tem mãe arrancando os cabelos com o ensino à distância, imagina quando as atividades escolares acabarem e sobrar mais tempo para esses anjinhos?

Eu entrei nessa fase. As aulas da Gigi encerraram ontem e eu já começo a ouvir aquela velha pergunta: “o que que eu faço agora?”.

Ainda que as aulas virtuais trouxessem uma certa tensão, era um  momento em que ela estava ocupada. 

Gigi aprendeu a interagir com os amigos pela internet e esse ritmo deve continuar nos próximos meses.

Os números de casos de coronavírus apresentam uma queda e a economia está sendo retomada por aqui, mas eu não tenho coragem de me aventurar. Não se a experiência do último fim de semana se repetir.

No sábado, resolvemos dar uma volta em um parque da cidade. Gigi até combinou de encontrar uma amiga, desde que as duas usassem máscaras e respeitassem a distância de 2 metros. O encontro nem aconteceu.

Já nos primeiros passos nos esbarramos em um grupo que caminhava em sentido oposto com os rostos descobertos e nenhum respeito pelo distanciamento social. Era muita gente nem aí para o que está acontecendo e isso dá medo. Fomos embora antes que a amiga chegasse.

Com tanta falta de respeito, arrisco dizer que teremos poucos lugares para ir e as atividades vão ter que ser em casa mesmo.

Resta saber o que vamos inventar. Alguma sugestão?

Wednesday, May 27, 2020

Oftalmologista dá dicas de como amenizar danos visuais em crianças mais conectadas durante isolamento


Já estamos há mais de três meses em isolamento social e uma das minhas grandes preocupações com a Gigi é o excesso de horas em frente às telas dos celulares e computadores, seja para conversar com os amigos ou participar das aulas à distância.

Transformei a minha angústica em pauta para o meu site de notícias e compartilho com vocês o que aprendi ao entrevistar a oftalmologista Roberta Ferraco. 

Ela reconhece que a “nova normalidade’’ é um desafio, mas observa que é possível adotar medidas para amenizar os problemas. “Quanto maior a tela, menor o esforço visual. Então se for possível, prefira o computador ou laptop. Até o Ipad é melhor que o celular”, sugere a médica em relação às atividades escolares e jogos.

Gigi está finalizando a Elementary School (Ensino Fundamental) e nos últimos meses teve dois turnos de 2h30 de aulas virtuais. O contato com os amigos também é pelas telas do celular e do computador.

Com a limitação das atividades ao ar livre, sobre tempo para assistir filmes, desenhos e os viciantes vídeos no Youtube. E como controlar o Tik ok?

Tudo isso extrapola o recomendado.

De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), crianças com menos de dois anos de idade não devem utilizar nenhum tipo de tela.  Para aquelas abaixo de seis, uma hora é o limite aceitável. Enquanto as crianças acima de seis anos podem chegar a duas horas diárias de exposição à luz azul dos eletrônicos que, em excesso, causam fadiga e ressecamento ocular.

O esforço acomodativo - ver coisas pequeninhas muito de perto -, em movimento ou no escuro - também podem contribuir e acelerar doenças visuais.

Por isso, Roberta ressalta a importância de ter uma boa iluminação e “a recomendação é evitar o uso dos eletrônicos à noite”. Outra razão para excluí-los da rotina noturna é que a absorção da luz azul dificulta a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono.

Por outro lado, Roberta alerta que o músculo ocular leva até duas horas para estar preparado para trabalhar. “Se a criança acorda às 10 horas, o recomendável é que ela tenha contato com as telas ao meio dia.”

Mais uma dica importante: se o uso dos eletrônicos por mais tempo parece inevitável, a criança deve manter uma distância de pelo menos 50 centímetros das telas e dos monitores e ter duas horas de descanso entre as atividade digitais.

Já as conversas com os amigos no Facetime são menos prejudiciais. “Não é preciso tanto desgaste, a imagem não tem tantos detalhes como em um jogo ou vídeo”, explica a especialista.