Friday, January 15, 2016

Resoluções 2016: mais blog para mamãe, menos TV para Gigi

Se eu consigo fazer mil coisas ao mesmo tempo no trabalho, por que não acrescentar mais prazer? Se escrever é a minha matéria prima por que não dar uma escapadinha do texto jornalístico para uma linguagem mais solta das narrativas da Mamãe da Gigi? Tudo acaba nas pontas dos dedos em um teclado.
E assim surge a primeira postagem do blog de 2016, de uma resolução de fim de ano, cheia de histórias para contar e ainda sem a certeza da periodicidade.
Gigi está aqui do meu lado. Enquanto eu escrevo, ela brinca de bonecas.
A televisão está desligada porque só pode assistir por duas horas. A própria Gigi me lembra a regra e me pede para controlar o horário.
Isso mudou na semana passada durante a visita ao pediatra que a perguntou quantas horas por dia ela assistia televisão. Gigi arregalou os olhos, não sabia se a resposta que tinha para dar era acerta. Eu apenas sorri e o Dr. Osler entendeu.
“Apenas duas horas por dia”, respondeu o médico. “Entre televisão e jogos no telefone ou no tablet”, completou.
Gigi concordou. Como dizer não ao Dr. Osler? Ele a presenteou com um livro, daqueles de capítulos, um sonho de consumo para a menininha de seis anos.
Ao entrar no carro, a questionei. “E agora, Gigi? Apenas duas horas, hein?”.
Ela riu e me agradeceu por não ter contato a verdade ao Dr. Osler. Acho que ela tremeu só de pensar que eu poderia citar as incontáveis vezes que eu briguei para que desligasse a televisão ou saísse do joguinho.
Para a minha surpresa, há uma semana Gigi controla o próprio horário da TV. Resolução da pequena para 2016.
Eu sei que uma vez ou outra a gente vai passar da medida, afinal toda regra tem sua exceção. E isso não é errado!
Entenda as 2 horas

O limite de 2 horas - recomendado pela Academia Americana de Pediatria - não é por acaso. Segundo uma pesquisa da Universidade de Ortoga, na Nova Zelândia, passar mais de duas horas em frente a televisão e jogos eletrônicos retrai a capacidade de concentração da criança.
Os resultados foram apresentados na revista Pediatrics e indicam que o risco do déficit de atenção aumenta cerca de 44% por cada hora adicional diante da telinha.  “Os efeitos foram especialmente encontrados em crianças que passavam mais de 3 horas diárias em frente à televisão”,  observou Bob Hancox, coordenador do estudo.
A longo prazo, revelou a pesquisa, os problemas relacionados com o abuso da TV na infância se mantêm na adolescência, ainda que o o hábito seja abandonado antes do ingresso no Ensino Médio.
Já um estudo britânico adverte que crianças pequenas que assistem TV por mais de 2 horas têm o dobro de probabilidade de desenvolver asma. Os cientistas destacam, entretanto, no artigo publicado na revista Thorax que a deficiência respiratória se deve mais ao estilo sedentário.
E atenção mamães de bebês: Nada de TV para menores de dois anos, avisam os pediatras americanos. Confesso que nem sabia disso nessa fase da Gigi, mas fica a dica e a certeza de que você vai saber fazer a melhor dosagem ;-)

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