Tomei coragem e comecei a marcar o progresso |
Em setembro, vovó Bia se assustava quando Gigi passava raspando a cabeça no balcão da cozinha. Agora, em menos de seis meses, ela superou a medida e não precisa ficar na pontinha dos pés para pegar o biscoito no armário nem usa mais o banquinho para escovar os dentes.
Parece que foi anteontem que eu conseguia socorrê-la no meu colo quando avistava um cachorro. Agora, só tenho a minha mão para oferecer diante do medo da minha menininha.
E quando adormece já não tenho forças para levá-la para cama. Mas sentada, a mãe sempre dá um jeito porque eu também preciso desse colo. E se esse ritmo continuar, estamos na marca de 1,53cm (eu) contra 1,15 (ela), o contrário deve ocorrer em pouco tempo.
Em números
O difícil é controlar a minha ansiedade emocional porque do ponto de vista físico tudo vai bem e o desenvolvimento natural da vida só confirma a saúde da criança. Em números, os especialistas conseguem definir uma escala que serve de parâmetro para acompanhar a normalidade do processo.
No primeiro ano de vida, por exemplo, o bebê ganha cerca de 25 centímetros. Já no segundo ano, o ganho é menor, sendo de mais ou menos 15 centímetros. Nesta fase a estatura familiar tem pouca importância sobre o crescimento.
Do terceiro ano de vida até a puberdade, o crescimento é de 5 a 7 centímetros ao ano e mostra uma velocidade mais estável. Esse é o momento da Gigi.
E logo chega a pré-adolescência. Segundo o endocrinologista Ivan Moreira da Silva Júnior, o crescimento puberal ocorre mais cedo nas meninas, entre 8 e 13 anos, com o início da menstruação, mais comum aos 11; mas o estirão puberal é maior nos meninos entre 9 e 14 anos. Nesse perído, o crescimento varia de 6 e 13 centímetros ao ano.
Na fase final da puberdade – que para as meninas acaba por volta dos 16 anos enquanto entre os meninos pode se estender até os 20 - o crescimento é lento, cerca de 1 a 2 centímetros ao ano, e tem uma duração média de 3 anos.
Mas para qualquer mãe, claro, tudo isso passa rápido demais.